Por Tom Allanson - CEO da Perfectforms
Oferecer uma solução on-demand e ou local, dá aos clientes a possibilidade de escolher a plataforma que melhor se adapta às suas necessidades. Forçar um modelo aos clientes e prospects é não reconhecer as disparidades em função do tamanho e das operações das diferentes empresas.
O SaaS tem se tornado um modelo cada vez mais popular para a adoção de cloud computing, segundo uma pesquisa feita pela Avanade, que mostra que 68% dos perguntados nos EUA adotam os SaaS em algum nível e 62% dos perguntados em uma pesquisa mundial admitem a pretensão de mudar para o modelo SaaS em 2011.
O SaaS e a cloud computing representam uma clara mudança evolutiva na entrega de aplicações e na sua utilização. O modelo está amadurecendo em relação ao poder de processamento, armazenamento, velocidade da internet, segurança e confiabilidade, o que converge para a expectativa das pessoas em relação a soluções localmente providas. Dito isto, a mudança para a computação em nuvem não é para todos nem é ideal para todos os modelos de negócio.
Na realidade, o debate SaaS vs soluções on-premise não precisa ser um argumento “ou isso ou aquilo”. Ter a flexibilidade para utilizar soluções locais ou em nuvem oferece às empresas as escolhas que elas precisavam para ter sucesso em seus próprios ambientes específicos de negócios. Se uma empresa encontra uma solução que possa ajudá-la a realizar seus objetivos de negócios, superar desafios e aproveitar as oportunidades de mercado, então ela deve ser capaz de escolher o meio pelo qual esta solução será disponibilizada e entregue.
Nublado com possibilidade de chuva
Quase todos nós armazenamos dados na nuvem. Quem usa um site de compartilhamento de fotos on-line, um serviço de gerenciamento de documentos baseado na web ou um aplicativo de rede social está usando um aplicativo em nuvem. Se isso assim tão onipresente, por que nem todos os negócios migram seus dados para a nuvem?
Bem, porque as coisas podem dar errado, inclusive na nuvem, e como todos sabemos, quando chove, ela transborda.
Até agora, a história da Microsoft (Nasdaq: MSFT) com o Sidekick da T-Mobile é bem conhecida; servidores da Microsoft falharam em 02 de outubro de 2009, afetando alguns dos usuários do aparelho Sidekick, que não podiam acessar a Internet móvel ou e-mail.
A ocorrência realmente grave foi o fato de o servidor Sidekick e seu servidor de backup ficarem corrompidos no processo de restabelecimento do acesso. Os usuários afetados pela falha se depararam com a perda de todos os seus dados. Este incidente reforça o crescente debate do SaaS vs. o software instalado no local - algo que ouvimos todos os dias.
Os mais conservadores são a favor da implantação de software no local porque lhes é familiar. Ter a flexibilidade de possuir aplicações corporativas hospedadas em casa e customizá-las para atender a um determinado ambiente é tremendamente libertador. Ter soluções localmente pode parecer uma forma mais segura de fazer negócio, pois todos os dados são mantidos dentro das paredes físicas de uma empresa.
No entanto, o SaaS oferece alguns benefícios exclusivos também. Ele não requer nenhum investimento em infraestrutura e elimina a necessidade de instalações e manutenção, que é muito atraente, especialmente quando os orçamentos são uma preocupação.
Um evento como a do Sidekick reforça os temores sobre a segurança e viabilidade a longo prazo do SaaS. Perguntar se o modelo SaaS é falível é como perguntar se sites populares já sofreram paralisações: A resposta é sim. Amazon.com (Nasdaq: AMZN) e o Gmail - servidores de países inteiros "foram interrompidos temporariamente”.
Algumas das preocupações sobre SaaS são legítimas, mas não faz muito tempo que as organizações se questionavam sobre a segurança de fazer negócios pela Internet. O SaaS deve passar por um processo semelhante para ganhar confiança e aceitação...e isso acontecerá. A revolução é dolorosa e a evolução leva um longo tempo. Anos atrás, os CFOs tinham cofres em seus gabinetes para guardar o valioso dinheiro de suas empresas, e ninguém faz mais isso hoje.
Um compromisso: O Nevoeiro
Muitas empresas adaptam suas soluções para um público específico e, portanto, tem uma boa ideia do que os seus clientes-alvo precisarão. Um fornecedor de soluções de segurança do governo, por exemplo, sabe que seus clientes - agências federais e empreiteiras - irão implantar essas soluções localmente (embora isso possa mudar no futuro).
Seja para aderir aos padrões de relatórios determinados ou para manter as informações críticas em um ambiente fechado – pense em uma sala de servidores de um banco - estes clientes têm suas preferências justificadas, o que significa que os fornecedores têm justificativas igualmente legítimas na fabricação de soluções para um tipo específico de público.
Por outro lado, algumas das vantagens do SaaS comumente citadas por muitas empresas estão a facilidade de utilização, conforto e apoio contínuo de fornecedores - todas as características de um serviço na nuvem baseado em subscription. A maioria dos fornecedores não hesita em anunciar suas soluções em nuvem como algo de baixo custo de manutenção. Seus clientes querem a liberdade e a facilidade de acesso que a computação em nuvem oferece.
No entanto, em uma economia global e em rápida mutação, nem todos os clientes de um nicho são iguais. Claro, nós podemos determinar o perfil de nossos clientes e focarmos nossas energias neles, mas também estaremos em uma encruzilhada. A adoção do SaaS está crescendo rapidamente, mas a necessidade de soluções locais nunca desaparecerão completamente. Haverá sempre os clientes que querem manter o controle completo sobre as aplicações utilizadas em suas empresas, bem como aqueles que apenas querem manter as coisas como eram antes.
Por que iríamos querer limitar as suas opções? Por que queremos limitar nossas opções? As pessoas valorizam ter uma escolha, é por isso que temos um mercado livre. Se os clientes optam por usar a sua solução na nuvem ou na terra, eles ainda estão escolhendo você.
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