quarta-feira, 10 de março de 2010

Talvez seja hora de repensar sua operação de suporte

Um serviço ao cliente bem feito resultará em benefícios diretos ao negócio. Por outro lado colocar as prioridades do negócio a frente não significa fazer o certo pelo cliente. Na verdade a experiência do cliente é o que conta. Se a sua organização não colocar as necessidades e os desejos do cliente em primeiro lugar, é hora de repensar toda a sua operação.

Empresas em todo o mundo têm feito enormes investimentos em serviço, tanto em pessoas como em tecnologia. A quantidade de pensamento dedicada ao serviço é enorme e o tempo gasto tentando fazer a divisão de serviços mais eficiente é incontável.

E adivinha? A maior parte deste dinheiro, tempo e esforço tem sido desperdiçado.

Eu odeio ser o portador de más notícias, mas não posso ficar calado. No processo de desenvolvimento de uma solução de serviços, o cliente tem sido esquecido. E em serviço, esta é talvez a questão mais difícil a ser resolvida. Eis o porquê: processos relacionados a serviços, quando são inicialmente criados, fazem sentido na maioria dos casos porque a missão de entregar o serviço ao cliente é um problema que fica abaixo a outros problemas que procura-se resolver e são julgados mais importantes. Em muitas operações, o foco no cliente está submerso sob correções de outros "problemas" que têm muito mais a ver com interesses comerciais.

Métricas falhas
Por exemplo, muitas organizações de serviço não conseguem dar a seus funcionários da linha de frente o conhecimento ou o poder de resolver os problemas. Quando os clientes se deparam com analistas mal preparados ou impotentes na solução dos chamados, certamente encerrarão a chamada com alto grau de frustração.

Naturalmente, os desafios de gerenciar os funcionários de um centro de suporte são bem conhecidos. Muitos não permanecem o tempo suficiente para estar plenamente formados e para os clientes aparentam ter autonomia demais para quem não atendê-los de forma efetiva. Colocar agentes não treinados para ajudar seus clientes é uma péssima ideia, e isso piora, se for um analista focado no negócio em vez de ter o foco no cliente.

Depois, há as métricas. Há muitas empresas que ainda usam indicadores arcaicos como tempo médio por chamado e quantas ocorrências são escaladas ao próximo nível. Essas métricas defeituosas são, novamente, voltadas ao negócio. Como estamos lidando eficientemente com os clientes? Esta é a verdadeira pergunta.

Agente Capacitador
Cada processo de solução de uma chamada ecoa pela organização, o que torna a imagem do centro de suporte ainda mais frustrante para os clientes.
Pela minha experiência, só há uma maneira de corrigir isto: comece do zero o modo de sua empresa fornecer serviço. Eu não estou defendendo a destruição da tecnologia ou a renovação de toda sua equipe. Eu estou defendendo que você reconstrua o seu serviço a partir do zero, com um foco monomaniacal em uma coisa: o que os clientes experimentam quando entram em contato com o seu centro de suporte?

Você pode até ter uma gravação no início do contato, mas garanta que o cliente possa ser atendido de forma rápida. Quando o agente atender ao chamado, certifique-se que ele esteja preparado para ajudar a resolver o problema. Certifique-se que, mesmo se os analistas que se depararem com problemas que não podem resolver, tenham um procedimento profissional para escalá-los a técnicos capacitados.

Além disso, certifique-se de que todas as funções da sua tecnologia sejam adequadas ao público. Os clientes devem apenas introduzir números de identificação uma vez, ou explicar problemas uma única vez. Se você testar seu processo de prestação de serviços, como se fosse um cliente, é bem capaz de identificar que sua operação não esteja funcionando de forma adequada.

O verdadeiro custo de um serviço pobre
Quando você faz alterações no processo do serviço, examine como eles afetam a experiência do cliente. Não acabe com os processos existentes quer queira quer não. Pense neles como se fossem novos pensamentos em uma conversa. Eles são parte de uma conversa coerente, ou são falsas conclusões?

Curiosamente, se você realmente faz atendimento com o foco no cliente, todas as métricas de negócios que eu ridicularizei anteriormente vão começar a se alinhar. As pessoas que têm que re-introduzir os números de identificação ou repetir descrições de problemas elevarão o tempo médio de suas chamadas. Agentes sem as ferramentas necessárias para solucionar os problemas, como uma base de conhecimento eficiente, elevarão seu índice de chamadas escaladas. Corrija os problemas com os olhos voltados ao serviço ao cliente, e essas métricas de repente parecerão mais coerentes.

Finalmente, e talvez o mais crítico, as empresas têm de parar de olhar para serviços de suporte como um centro de custo. Tratar serviço como um enteado de sua organização colocará a perder todo seu esforço para criar uma prestação de serviço ao cliente eficiente.
Esse é o verdadeiro custo do serviço de má qualidade. Esses são os tipos de coisas que sua empresa deve medir.







(*) Chris Bucholtz é colunista do CRM Buyer e tem sido jornalista de tecnologia há 15 years e é especializado em CRM desde 2006.



Equipe feliz gera resultados

(*)Christian Barbosa

Estamos em uma época de similaridade no mercado. A grande parte dos produtos e serviços é semelhante, tal que hoje a qualidade comercial não é tida mais como diferenciação e sim como uma obrigação. Aqueles que não possuírem esta característica sairão do comércio em curto prazo.

O fator preço merece um comentário adicional, mas também já não é tão decisivo como foi em outras épocas. Com o advento da tecnologia e especificamente dos sites de comparação de preço, o consumidor está mais do que nunca no comando. Ele pode rapidamente observar quem tem o melhor custo a oferecer e, na maioria dos casos, a diferença é praticamente nula.

Outra semana estava em uma livraria e vi uma cena que tende a ser um ato comum a cada dia. Após consultar o preço de um livro, um jovem começou a navegar no seu smartphone em um site de comparação de preços e observou que a mesma obra estava um pouco mais caro na livraria do que o valor online de outra loja. Ele chamou o vendedor, mostrou o site e perguntou se conseguiria um desconto maior, para cobrir a outra oferta. O vendedor, por sua vez, respondeu com indiferença que ele não podia fazer nada para mudar o preço, e saiu andando. O cliente, inconformado, foi embora, deixando dois produtos que iria levar na prateleira da loja, um livro e um DVD. Provavelmente este jovem pensará duas vezes em voltar naquela livraria. Não foi a diferença de alguns reais que o fez desistir da compra, mas o atendimento, a falta de carinho com o cliente.

Em um mundo similar e high-tech, o empreendedor precisa estar atento em criar atividades que fazem a verdadeira diferença: uma equipe feliz e de boa vontade para atender seu consumidor. Isso verdadeiramente supera qualquer tipo de processo, certificações de qualidade ou sistemas de informática. Pessoas felizes fazem um atendimento excepcional e criam um time feliz, que por consequência, gera clientes satisfeitos e que voltarão, além de indicar aos amigos.

Isso é óbvio, simples, mas é raro hoje em dia, não é verdade? Qual a última vez que você se lembra de um atendimento extraordinário? Sua empresa tem esse tipo de atendimento que você espera? Seu concorrente tem?

Muitos empreendedores acreditam que pessoas felizes são feitas apenas por salários maiores e isso não é verdade. Dinheiro é importante, mas não é tudo. Existem pequenos “mimos” que custam pouco para a empresa e podem ajudar a criar uma equipe mais satisfeita, como por exemplo:

* Dia do Aniversário – Experimente dar meio período de bônus para o funcionário que fizer aniversário, assim ele pode curtir esse tempo com a família e fazer coisas importantes no seu dia especial;



* Dê tempo para eles – Processos, sistemas e metas dependem de pessoas e pessoas dependem de tempo. Invista em treinamentos e softwares de administração de tempo e produtividade, com foco em ajudar pessoas a terem maior equilíbrio na sua vida pessoal e profissional. Os resultados são rapidamente visíveis;





* Alinhe semanalmente o time nas metas importantes da empresa – Faça com que pequenas atividades ajudem a refletir nos indicadores das metas almejadas pela sua empresa;



* Faça uma pesquisa de sugestões – Veja como melhorar o clima na empresa. Pequenas ações podem dar excelentes resultados;



* Recompense e comemore – Não esqueça que pequenas vitórias devem ser recompensadas e comemoradas. Por que só fazemos festa de final de ano? Que tal uma festa por fechar um mês acima da metas?

O que faz sua empresa única no mercado? Sua equipe respira e vive esses valores? Da próxima vez que pensar em como melhorar os resultados da empresa, não se esqueça de pensar em como tornar pessoas felizes. Isso deve fazer parte da sua estratégia empreendedora e não apenas do departamento de recursos humanos.


*Christian Barbosa - Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros A Tríade do Tempo e Você, Dona do Seu Tempo, Estou em Reunião e co-autor do Mais Tempo, Mais Dinheiro.





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8 práticas gerenciais que não fucionam

Publicado por Liz Ryan(*) na Business Week

Todos os anos, um livro de gestão ou de filosofia surge para mudar o nosso pensamento sobre as melhores maneiras de gerenciar equipes.

De The One Minute Manager até Quem Mexeu no Meu Queijo?, novos conceitos de liderança moldaram a nossa forma de organizar, avaliar, inspirar e recompensar os membros da equipe. Com tantas teorias de gestão, algumas não tão eficientes, mas que se perpetuaram, decidi ressaltar as 8 teorias mais insensatas e prejudiciais.

1. Ranking forçado
Por trás da ideia de rankear seus funcionários, avaliando uns contra os outros, está o objetivo de identificar quem é mais crítico na equipe e quem é mais dispensável. Esta teoria baseia-se na noção de que podemos utilizar nossos relatórios para trabalhar em conjunto em favor da equipe, e em seguida, quando for analisado no fim do ano fiscal, fazer um exercício de soma zero, colocando um contra o outro. Isso é uma estratégia decente para programas de TV como “No Limite”, mas desastroso para as organizações que pretendem permanecer no negócio a longo prazo. O que fazer em vez disso: avalie os trabalhadores em relação a metas registradas e divulgadas, e remova aqueles de mal desempenho o tempo todo e não apenas uma vez por ano.

2. Sistemas de recrutamentos tradicionais
A tática na área de contratação de funcionário pelas empresas exige dos candidatos que vençam os Sete Desafios do Hércules antes de receber um telefonema de sua equipe de RH. Esses testes podem incluir verificações de crédito, cheques de referência, os testes de honestidade, questionários, situações de atribuições do trabalho e outros exercícios obrigatórios que despertam na cabeça do candidato, mensagens como "Nós apenas lhe submeteremos a mais uma tarefa que é andar sobre cacos de vidro, e se passar estará pronto para começar a entrevista".

Não se iluda com relatórios divulgados pelo mercado de trabalho. Empregados criativos e talentosos são muito difíceis de serem encontrados. O que fazer em vez disso: desmonte o seu sistema de recrutamento tradicional e dê poder de contratação para seus gerentes que liderarão os novos funcionários. Eles vão lhe agradecer por isso e a qualidade e velocidade de sua contratação vai disparar.

3. Manuais excessivos de políticas organizacionais
Você sabe quem está gerando receitas pelos seus empregados neste momento? Os trabalhadores que estão vendendo, construindo ou inventando coisas. Você sabe quem está gastando o dinheiro do negócio agora? Outros funcionários, normalmente encontrados em RH e Finanças.

A quem foi ordenado escrever, administrar e executar as 10.000 políticas que compõem o manual do empregado de sua empresa? Questões políticas em excesso esmagam a criatividade. O temor destrói sua cultura organizacional e trabalhos inúteis fazem a incontáveis administradores a desperdiçarem tempo, neurônio e papel.
O que fazer então? Acabe com políticas desnecessárias ou ultrapassadas todas as semanas e exija a assinatura do CEO para adicionar qualquer outra nova.

4. Políticas sobre mídias sociais
É razoável bloquear o Youtube no escritório por causa do consumo de banda, mas outras mídias sociais, é um erro. Uma mensagem de e-mail recente que recebi de um trabalhador que tinha acabado de ser informado da política de não utilização do LinkedIn na empresa ,estabelece um novo nível de paranoia organizacional.

Uma advertência ao conselho executivo de sua empresa: Seres humanos trabalham em seu negócio e não robôs replicantes. As pessoas têm vidas, marcas e conexões para além de suas paredes, e os enredos humanos são mais propensos a ajudar o seu negócio do que feri-lo. O que fazer em vez disso: trate as pessoas como bebês somente se você quer que eles ajam como bebês. Deixe o resto deles atualizar seu LinkedIn, Facebook, Twitter e contas de forma adequada, e se eles não estão produzindo lide com esse problema de outra forma.

5. Regras que forcem empregados a mentir
Você não ficará chocado ao ouvir que a maioria das pessoas que trabalha na sua empresa, acredita que seus empregadores não confiam neles. Nós jogamos gasolina no fogo quando instalamos regras que estimulam os funcionários a mentir. Um grande exemplo é a política organizacional que diz: "Parabéns pelo nascimento de seu filho ou adoção de seu bebê. Nós teremos prazer em pagar seus rendimentos enquanto estiver em licença de maternidade, e esperamos que esteja planejando retornar ao trabalho depois. Se não, gostaríamos que nos fosse informado neste momento a posição contrária. "Que Einstein inventou este tipo de postura da empresa? Ao invés disso, pague o que é exigido por lei sem a necessidade de declarações sem sentido das suas intenções. Não permita que esse tipo de política crie um clima apreensivo no funcionário e o faça esconder informações.

6. Demissões assistidas
Não é nenhuma vergonha ter de reduzir sua força de trabalho, mas porque tratar empregados que estão saindo como criminosos condenados? Qualquer um que diz que um funcionário em situação demissional exige um ‘fiscal’ em sua saída, é alguém que deve ser adicionado à lista de dispensa. Se você tem que marchar seus trabalhadores despedidos pela porta, ela diz muito sobre o tipo de trabalho que você construiu. O que fazer em vez disso: lide com problemas de desempenho, independentemente da redução de pessoal. Trate os empregados que você foi forçado a dispensar como o profissional maduro que é.

7. Programa 360º de feedbacks
Tenho um aluno no segundo grau e se ele tem algo a dizer ao seu amigo Dylan, eu o encorajo a dizer isso diretamente. Eu não peço, "Preencha o formulário abaixo, que serão preenchidos pelos outros alunos também, e então diremos ao Dylan o que a maioria pensa anonimamente". Isso é muito ruim para ensinar uma pessoa a se comunicar. O sistema de feedback de 360º é uma muleta para os gestores. Precisamos de uma discussão mais direta entre as nossas equipes, e não mecanismos de feedback ocultos, mascarando ferramentas de desenvolvimento de carreira. O que fazer em vez disso: Descarte o sistema 360º e ensine seus funcionários a como dar um ao outro uma crítica construtiva. Ensine seus gerentes como fazê-lo também.

8. Horário de trabalho de Henry Ford
Se você emprega trabalhadores de colarinho branco em sua organização, é melhor dar-lhes tarefas desafiadoras ao invés de gerenciá-los como profissionais de uma linha de montagem. Uma obsessão com horários de chegada e saída não é o caminho para sinalizar a seus empregados, "Nós estamos esperando grandes coisas de você", e não são práticas que exigem a assalariados usar frações dos direitos de dias de ausência por ano a atender às prementes situações da vida. Nada desmotiva mais do que fazer seu funcionário trabalhar até meia-noite em um projeto do cliente e descontar seu pagamento quando chegar meia hora atrasado no dia seguinte. O que fazer em vez disso: Defina metas com seus empregados assalariados, veja se eles as atingiram, e deixe que essas pequenas questões sejam geridas por eles próprios.

(*)Liz ryan é expert em recursos humanos em está na lista da Fortune 500 de executivos de RH.

terça-feira, 9 de março de 2010

Catálogo de Serviços pode ser a forma de mostrar o valor da TI ao negócio

Por Ann All, publicado em IT Business Edge

A especialista Ann All fez uma entrevista com Markos Symeonides, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Axios Systems, que realizou uma pesquisa global que mostrou que 64% dos entrevistados estavam desenvolvendo ou planejando criar um catálogo de serviços nos próximos seis meses.


Ann All: Eu sei que 64% dos entrevistados disseram que pretendem iniciar um projeto de catálogo de serviços nos próximos seis meses. Mas eu queria saber se há uma comparação histórica que mostra aumento ou diminuição desse número. Você conduziu algum estudo anterior?

Symeonide: Nós fizemos. Cerca de um ano atrás, nós realizamos uma pesquisa durante um webinar com a participação de 1.000 pessoas, e 20% disseram que planejam implementar um catálogo de serviços. Com mais pessoas percebendo o que são catálogos de serviços, como implantá-los e o valor que eles trazem, há muito mais gente com um projeto desses em planejamento. Acho que há 12 meses, muito mais pessoas estavam na fase de identificação dos benefícios da criação de um catálogo de serviços. Temos visto uma aceitação maciça desde então. Os especialistas estão animados sobre catálogos de serviços e estão ajudando a educar as pessoas.

Há muita confusão sobre o que são catálogos de serviços. Há três catálogos diferentes. O de usuários finais, no qual usuários logam em um portal e solicitam serviços a partir de lá. Há o catálogo de serviços de negócios, em que são agrupados os componentes de TI que compõem os serviços ao usuário. E finalmente há o catálogo técnico, que é todo o material de TI subjacente que compõe os serviços de negócios. Integrá-los é o segredo para fazer tudo funcionar.




Ann All: Eu suponho que seja melhor iniciar pelo catálogo de serviços do usuário e trabalhar daí pra baixo. É assim mesmo?

Symeonides: Você está absolutamente certa. Tradicionalmente em projetos de ITIL (IT Infrastructure Library), as pessoas começam a partir do solo até com coisas como um banco de dados de gestão de CMDB (Configuration Management Database). Mas, com um catálogo de serviços, o certo é começar de cima para baixo. Você tem que entender os serviços de negócio e então compreender quais e como os componentes técnicos servirão a esses serviços. Assim se torna muito mais fácil.


Ann All: Então, catálogos de serviços estão acima em uma curva da sabedoria. Há alguma força de mercado que está tornando o catálogo de serviços mais desejável?

Symeonides: Há uma clara motivação comercial em relação ao catálogo de serviços. Você reduz os custos de TI envolvidos com o gerenciamento de requisições de serviços pela empresa em pelo menos 20%. Numa época em que os gastos com TI estão sendo fiscalizados mais do que nunca, um catálogo de serviços de TI permite medir o seu desempenho em termos empresariais. Assim TI torna-se um contribuinte visível para a direção do negócio. É mais fácil entender o seu impacto.

Um catálogo de serviços ajuda a comparar seus serviços de TI com serviços externos. Aí TI pode ser honesto e dizer: "Você solicita um BlackBerry, e vai custar X reais para entregá-lo e suportá-lo". Então você pode comparar...Se terceirizar isso, quanto vai custar? Assim os custos ficam mais transparentes.


Ann All: Gostaria de saber se alguns departamentos de TI podem resistir a isso, por ver isso como um precursor do outsourcing?

Symeonides: A chave que faz TI a adotar o catálogo de serviços é fornecer algo mais familiar ao usuário, melhorando sua percepção em relação à TI. Há muito mais probabilidade de TI ser terceirizada se ninguém souber o valor que ela proporciona. Se for uma caixa preta em termos de custo, os executivos assumirão que podem obter esses serviços por menos de algum terceiro. Então esse é o modo de TI se levantar e dizer: "Estamos oferecendo um bom serviço e vamos continuar melhorando”. Até que a TI possa fazer isso, eu acho que há um risco do serviço ser terceirizado. Eles podem defender sua posição, se puderem medir o seu desempenho.




Ann All: 60% dos entrevistados disseram que não acham que os executivos do negócio compreendem o valor de TI, e o catálogo de serviços, em particular, poderia mostrar isso. Parto do princípio de que é importante convencer alguns executivos sobre a ideia de um catálogo de serviços. Como posso fazer isso?

Symeonides: É uma preocupação porque, sem o envolvimento dos executivos da empresa, um projeto de catálogo de serviços não funcionará. Assim, definir claramente um caso de negócio para ele, em termos monetários e em termos de benefícios não financeiros, é importante. O catálogo de serviços comunica a prioridade e a criticidade dos serviços a serem entregues e também comunica o nível de qualidade esperado dos serviços da empresa. Ser capaz de responder a essas perguntas é importante.

De uma perspectiva de custos, você está realmente reduzindo os custos dos chamados mais comuns que chegam à TI, eliminando os gargalos administrativos e o tempo improdutivo. Você elimina os custos de retrabalho manual e erros. Você pode ressaltar o número de chamados, custo por homem-hora de TI e verificar que tipo de economias pode conseguir.


Ann All: Ouvi dizer que muitas vezes o usuário rechaça a ideia de gerenciamento de serviços, especialmente se os usuários estão acostumados a obter respostas a todos os seus chamados através de um analista específico por telefone, por julgá-lo melhor. Qual é sua opinião sobre isso?

Symeonides: Eu acho que um catálogo de serviços se torna facilmente popular entre os usuários, pois atualmente eles estão familiarizados em fazer as coisas através da internet. Então proporcione a experiência ao usuário de solicitar um serviço pela internet e saber quando ele será entregue. Essa é uma das principais razões pela facilidade de aceitação.

Além disso, temos a consciência natural de solicitar serviços. Normalmente os usuários requisitam coisas de TI e sempre acham que não é uma grande demanda. Mas se você for capaz de atribuir um custo a esses pedidos, você introduzirá a ideia de compra de serviços de TI. Normalmente, os usuários de negócios apenas vêem TI como um buraco negro.




Ann All: Parece que a comunicação com os usuários finais é importante. Quais são algumas maneiras de comunicar o valor de um catálogo de serviços para os usuários?

Symeonides: É uma coisa de marketing. Qualquer projeto de TI precisa ser bem comercializado. Todos precisam estar bem conscientes do que está acontecendo e das expectativas. Em alguns de nossos clientes, você vai ver cartazes por toda a parte e e-mails marketing sendo enviados.

Então, você precisa de um plano de marketing para introduzir um sistema como este. Uma coisa que nós vimos que é eficaz em alguns de nossos clientes é ter uma pessoa ligando negócios com TI, alguém cuja função específica é a intermediação com o negócio. Outra coisa para incentivar a adoção, é oferecer uma interface fácil de usar ao usuário. Se for necessário instruções e treinamentos, significa que é algo muito complicado.



Ann All: A pesquisa constatou que para 36% das pessoas, o maior desafio na elaboração de um catálogo de serviços, é a definição e concepção de serviços. Além da questão da comunicação, mencionada anteriormente, quais são os desafios nessa área? O ITIL V3 aborda esta matéria? É de meu entendimento que seja fornecido mais orientação nesta área do que as versões anteriores do ITIL.

Symeonides: O ITIL versão 3 define melhor o catálogo de serviços e coisas associadas, como a gestão de demanda e gestão de portfólio de serviços. Ele reconhece o ciclo de vida dos serviços, desde a concepção até a implementação e “aposentadoria” deles. Uma das coisas que se vê agora é a integração do desenvolvimento dos serviços de TI com a tecnologia de gerenciamento de serviços de TI. O que quero dizer com isso, é que não havia um lugar onde você podia desenhar a hierarquia de serviços em uma única interface, e depois publicá-lo e lidar com provisionamentos e SLAs (Acordos de Nível de Serviço). Antes você teria um catálogo de serviços em uma planilha.

A tecnologia também teve um longo caminho a prosseguir. Agora temos algo chamado de Designer de Serviço, onde você pode criar seus serviços e gerenciá-los usando um sistema drag-and-drop.




Ann All: 65% entrevistados disseram que TI estava no comando da criação e implantação de um gerenciamento de nível de serviço, contra 24% do negócio e 11% partindo dos clientes . Isso é um problema? Soa como se o catálogo de serviços fosse colocado na responsabilidade de TI.

Symeonides: O gerenciamento de nível de serviço não foi feito a partir de uma perspectiva de negócio. O que normalmente temos é um Service Desk e gestão de nível de serviço a partir de uma perspectiva de TI. "Este servidor é para cima, mas esse componente quebrou." Isso é coisa de TI. Negócio não entende ou se preocupa com todos os níveis de serviço.

Mas nós estamos colocando uma camada do catálogo de serviços em cima de todas essas ofertas de TI e do mapeamento dos serviços prestados ao negócio. Assim, podemos medir o desempenho da TI em termos de negócio. Sem isso, você fica com uma barreira de percepção entre a TI e o negócio. Com um catálogo de serviços utilizando termos de negócio pode mudar completamente a figura. O catálogo de serviços pode ser o seu mecanismo de tradução entre requisitos de negócio e ofertas de TI.





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segunda-feira, 8 de março de 2010

Como fazer sua equipe de TI se tornar protagonista no negócio da empresa

Publicado em CIO.com por (*)Jim DiMarzio

Uma coisa é líderes e analistas de TI conhecerem o negócio, e outra desempenharem um papel ativo no processo de planejamento e condução do negócio. Isto é o que tem de acontecer, se TI que ter um impacto mais estratégico sobre a empresa e seu resultado financeiro. A integração de TI com o negócio não virá após um projeto, e sim depois uma série de passos simples que demonstram o processo para sua equipe através de suas ações.

Quando cheguei na Mazda North American Operations oito anos atrás, e TI era vista como um grupo eficiente de execução de ordens. O CEO e o CFO me contrataram, pois queriam que ela se tornasse algo mais do que isso.




A única forma de isso acontecer era me infiltrar no negócio e incentivar a minha equipe a fazer o mesmo. Mas este deve ser um movimento planejado da sua parte, porque os executivos não irão até você ou pedir-lhe para se envolver, e vão querer saber por que você deve estar envolvido. Comecei por desenvolver relacionamentos com os executivos-chave da empresa. Uma vez que eles perceberam que eu entendia as suas necessidades e objetivos, eles me convidaram para reuniões de planejamento, onde eu poderia demonstrar qual o valor da TI para o negócio.

Somente depois de estabelecer o meu lugar como CIO eu pude introduzir minha equipe nas reuniões. Estar na sala, no entanto, não automaticamente nos igualava aos outros departamentos. Eu tinha acesso a relatórios que a não despertavam qualquer reação da minha equipe, o que mostrava que eu não os tinha preparado corretamente. Após anos sendo tratados como executores de ordens, eles precisavam ser incentivados a pensar sobre os processos de negócios e as prioridades, e expor suas contribuições em relação a projetos com impacto direto sobre os objetivos da empresa. Eu rapidamente filtrei as pessoas certas do departamento para enviar a essas reuniões, pessoas que se sentiam confortáveis em um ambiente de negócios.




Enfim, e mais importante para o nosso futuro, eu criei uma nova expectativa para o meu pessoal e forneci meios para atingi-las. Agora, todos no meu grupo sabem que eles têm a oportunidade e a capacidade de falar e trabalhar com os outros departamentos a fim de avançar e melhorar os resultados de toda a organização.

(*)Jim DiMarzio é CIO da Mazda North American Operations e um membro do Conselho Executivo da CIO.





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sexta-feira, 5 de março de 2010

Transforme o conhecimento de seu analista de suporte em progresso para sua empresa

A difusão e compartilhamento do conhecimento entre os analistas de Service Desk na solução dos chamados, provavelmente sempre foram uma preocupação sua. Mas como encontrar tempo e recursos para implementar processos de gestão de conhecimento no departamento de suporte?

Desde 2009 os gestores brasileiros de Centros de Suporte têm acesso a uma metodologia que promete tornar esse processo muito mais fácil, rápido e barato. Essa metodologia, chamada de Knowledge-Centered Support (KCS) foi criada por um consórcio mundial sem fins-lucrativos, formado por profissionais das maiores organizações prestadoras de serviço do mundo. O KCS não só mostra quais são as melhores práticas de mercado na tarefa de gestão de conhecimento, mas mostra passo-a-passo como realmente implantá-las.

Um estudo desse consórcio, chamado CSI (Consortium Service Innovation), identificou que a gestão do conhecimento dentro de um Centro de Suporte pode reduzir em até 60% o custo no processo de solução de chamados. Somado a isso, outros 9 fatores tornam a gestão do conhecimento uma ação ainda mais essencial:

> Responder e solucionar problemas mais rapidamente

> Disponibilizar facilmente respostas a problemas complexos

> Prover respostas consistentes aos questionamentos dos clientes

> Identificar esgotamento de trabalho de seus analistas

> Identificar a necessidade de treinamento dos profissionais

> Responder com mais rapidez às perguntas recorrentes

> Melhorar o índice de resolução de chamados no primeiro contato

> Prover um self-service eficiente ao cliente na web

> Identificar oportunidades para aprender a partir de experiências dos clientes

Para quem tiver interesse em conhecer a metodologia, o HDI Brasil promoverá um treinamento nos dias 24, 25 e 26 de março na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo.




Para contatar o HDI Brasil, ligue (11) 3054-2005 ou envie e-mail para falecom@hdibrasil.com.br.





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quarta-feira, 3 de março de 2010

Curso sobre as melhores práticas para gestão da Base de Conhecimento de um Service Desk

Os gestores de Service Desk e Centros de Suporte terão uma grande oportunidade nos dias 24, 25 e 26 na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, de conhecer a fundo a metodologia de gestão da base de conhecimento que revolucionou o mercado de suporte.

O Knowledge-Centered Support (KCS) é um curso promovido pelo HDI Brasil, que proverá a supervisores, coordenadores, gerentes e diretores, um conjunto de ações práticas para captura, armazenamento e reutilização com sucesso do conhecimento utilizado por sua equipe técnica na solução dos chamados.

“Este curso ajudará os participantes a implantar em suas empresas a estratégia do KCS, que tem como pilar central, a mudança de um centro de suporte centralizado em chamados para um modelo orientado ao conhecimento”, ressalta Luiz Couto, CEO do HDI Brasil.

Um estudo realizado pelo CSI – um consórcio formado pelas maiores empresas prestadoras de serviços do mundo – mostrou que os Centros de Suporte passam 80% do tempo solucionando 20% dos diferentes chamados, e que a criação de uma base de conhecimento eficiente reduziria em até 60% os custos de resolução.

A metodologia do KCS oferece ainda benefícios, como a melhora significativa do nível do serviço prestado aos clientes, melhoria na eficiência operacional de todo o Centro de Suporte e aumento do valor fornecido ao resultado financeiro da empresa.

“O conteúdo programático do curso inclui questões como, criar e manter uma base de conhecimento de qualidade e com conteúdo fácil de consultar, meios de motivar os analistas de suporte a utilizar a base de conhecimento, métricas de avaliação da contribuição de equipes e de profissionais para a difusão do conhecimento na organização e como identificar e evitar falhas comuns associadas à gestão de conhecimento”, explica Nino Albano, diretor de conteúdo do HDI Brasil.

Após o treinamento, os participantes do curso terão a oportunidade de adquirir um certificado de proficiência que é válido em todo o mundo e atesta que o profissional domina as melhores práticas internacionais de gestão do conhecimento providas pelo CSI.

Clique aqui para conferir o conteúdo programático do curso

Clique aqui para garantir sua vaga no curso que acontece nos dias 24, 25 e 26 de março na FGV em São Paulo