terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como recrutar e reter a geração Y

Nancy Weil - IDG News Service

A geração Y cada vez mais presente no mercado de trabalho é menos focada em dinheiro e mais em ser desafiada, e contribuir para um bem maior, de preferência em um trabalho onde a tecnologia seja importante para o funcionamento global da corporação e onde seja aceitável conversar com amigos via mensagens instantâneas e Facebook.

"Esta é a geração que fez trabalhos no colégio ao mesmo tempo que trocava mensagens pelo MSN e conversava pelo Facebook", diz Scot Melland, CEO da Dice.com, site de carreiras para profissionais de tecnologia e engenharia. "Esta é a geração multitarefa", completa ele.

A geração Y é vagamente definida como aqueles que nasceram depois de 1980, que atingiu os 20 anos de idade em 2000 e, embora atualmente representem apenas cerca de 15% da força de trabalho dos EUA, com o crescimento dessa porcentagem os recrutadores e empregadores vão encontrar diferenças notáveis de outras gerações, afirma Melland.

"Gerações, como pessoas, têm personalidades e a geração Y começa a mostrar a sua: confiança, auto-expressão, liberalismo, otimismo e abertura à mudança". Esse é o resultado de um grande estudo feito pela The Pew Charitable Trusts, que vem se mostrando como uma das grandes instituições estudiosas no assunto. "Eles são a primeira geração da história 'sempre conectados', repleto de tecnologia digital e mídias sociais. Eles tratam seus telefones celulares e outros dispositivos de mão quase como uma parte do corpo”.



"Assim, não é mais apenas uma questão de oferecer vagas de empregos e sim realmente vender essas oportunidades", explica ele. "É um trabalho muito mais duro para os recrutadores e empregadores lidar com uma geração que está focada na construção de relacionamento e redes sociais”.

Olhando essa mudança, Melland incentiva os empregadores a estabelecer uma forte presença em sites como o dele, mas também como o Facebook. A geração Y também é mais propensa a ser atraída para empresas com sites corporativos atraentes, independentemente do tamanho do negócio.

"A melhor maneira para ter acesso a esses jovens para o recrutamento é através da Internet, porque é esse o ambiente que estão acostumados," diz.

Por outro lado, os empregadores e recrutadores que conferem informações sobre candidatos a emprego em sites de mídias sociais e blogs pessoais são suscetíveis a encontrar informações sobre crenças religiosas, orientação sexual e outros aspectos pessoais. "Quando se olha para os candidatos em sites individuais, aconselho que se tenha muito cuidado para não se criar um pré-julgamento sobre o candidato no início do processo de recrutamento e seleção e não se acesse informações que o candidato não gostaria que fossem expostas para esse fim”, afirma Melland.

“Estranhamente, estudos mostram que apesar da sua orientação digital, apenas uma pequena fração dos jovens da geração Y têm consciência de que os recrutadores estejam consultando seus perfis em redes sociais antes de contratá-los”, explica Melland.

Outras pesquisas da Pew divulgadas em julho, porém, descobriram que especialistas em tecnologia acreditam que esses jovens continuarão a compartilhar tais informações pessoais de suas vidas, mesmo quando envelhecerem. Talvez isso sugira uma maneira em que essa geração irá influenciar e alterar o local de trabalho e a sociedade, embora neste momento seja apenas uma suposição.

Melland por sua vez, sugere que os empregadores que contratam profissionais da geração Y centrem-se "continuamente na exaltação de como seu papel contribui para o sucesso da organização como um todo. Eles parecem muito sensíveis em relação tornar-se uma pequena peça em uma grande máquina. Eles não gostam de ser pequenos na engrenagem da empresa, são muito menos hierárquicos e acreditam ser capazes de superar pessoas experientes na empresa".

Como parte dessa mudança, os membros da geração Y estão provando que vivem de ser acompanhados e treinados. "Quando você treina ou é mentor de alguém, você está dizendo que ele é especial", ressalta Melland.

“Enquanto a geração Y se mostra eficiente no aproveitamento do conhecimento daqueles que têm mais experiência, seu conhecimento também deve ser aproveitado em troca”, completa o especialista.

O conselho de Melland aos empregadores é: "Primeiro, use o que esses jovens sabem fazer de melhor. Eles são uma demonstração de como o mercado está mudando. Eles são os primeiros a adotar as tecnologias da web, as tecnologias móveis e as redes sociais. Use o conhecimento deles para ajudar o seu negócio".




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